14 fevereiro 2009

Diplodoco, um dos dinossauros mais longos

© 2008 Raúl Martín

Atualizado em abril de 2018

O diplodoco (do grego diplos, "duplo", e dokos, "viga", ou seja, "viga dupla") é um dinossauro saurópode do final do Jurássico, que viveu de 155 a 152 milhões de anos atrás, no centro-oeste da América do Norte. A espécie Diplodocus carnegii media 27 m de comprimento, 4 m de altura nos quadris e pesava em torno de 17 t, mas Diplodocus hallorum, antes conhecido como sismossauro, um dos animais mais longos que já existiram, é estimado em 33 m de comprimento, 5 m de altura nos quadris e 25 t.
Um dos saurópodes mais bem conhecidos, o diplodoco tinha um corpo grande e membros fortes, que sustentavam o pescoço e a cauda bastante compridos, lembrando a estrutura de uma ponte pênsil. O pescoço de 6,5 m era composto por 15 vértebras e, provavelmente, mantido paralelo ao chão. Sua cauda era extremamente longa e afunilada, constituída por 80 vértebras. Além de servir como contrapeso para o pescoço, especula-se que ela também podia ser usada como um chicote, para defesa ou comunicação (produzindo estalos). Na parte de baixo da cauda, duas fileiras de ossos com hastes duplas - de onde vem o nome do animal - ajudavam a proteger as vértebras e os vasos sanguíneos quando o diplodoco erguia-se sobre duas patas e apoiava a cauda pesada no chão. Essa postura de tripé podia ser colocada em prática para alcançar as folhas do alto das árvores, a até 10 m de altura, mas ele também comia plantas de níveis mais baixos e, possivelmente, aquáticas.
Nas patas dianteiras, modificadas em colunas, possuía uma única garra no primeiro dedo, estreita e incomumente grande para um saurópode, cuja função é desconhecida. Seu crânio era pequeno, e seus dentes, pontudos e voltados para frente da boca. Eles eram substituídos rapidamente, a cada 35 dias, em média, e usados para arrancar folhas macias dos ramos.
Os primeiros fósseis de diplodoco foram encontrados em 1877 e nomeados, no ano seguinte, por Othniel C. Marsh. A espécie mais conhecida e completa é D. carnegii, com réplicas de seu esqueleto em museus do mundo todo. D. hallorum foi originalmente descrito, em 1991, como Seismosaurus hallorum, em seu próprio gênero, mas desde 2004 é considerado uma espécie de diplodoco.

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: † Sauropodomorpha
Infraordem: † Sauropoda
Família: † Diplodocidae
Subfamília: † Diplodocinae
Gênero: † Diplodocus
Espécies: † Diplodocus carnegii e † D. hallorum

© Mundo Pré-Histórico
"Dippy" é uma réplica de esqueleto de Diplodocus doada em 1905 pelo magnata Andrew Carnegie ao Museu de História Natural de Londres. Carnegie também doou outras réplicas a vários museus europeus e latino-americanos, fazendo com que o animal se tornasse o saurópode com o maior número de exibições no mundo e um dos dinossauros mais conhecidos do público. "Dippy" recepcionou os visitantes no saguão de entrada da instituição londrina até 2017, quando foi substituído por uma baleia-azul e iniciou uma excursão pelo Reino Unido.
Crédito: cortesia do Museu de História Natural de Londres
Vértebras caudais e, abaixo, os ossos chevrons com hastes duplas, às quais o nome do Diplodocus se refere.
Crédito: Sergey Krasovskiy

Fontes: Live ScienceWikipedia (versão em inglês), BBC Nature e Smithsonian.

3 comentários:

  1. Você poderia mudar o nome para:"Diplodoco, o dinossauro mais llongo" já que o seismossauro agora é conciderado sinônimo.

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    1. Acontece que ele não é o dinossauro mais longo! Além de o "sismossauro" ter sido estimado com um tamanho menor, vários titanossauros podem tê-lo excedido em comprimento, como o Patagotitan e o argentinossauro.

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